Julho é mês de cinema com o mote “Janela para o Mundo”

No âmbito da programação do Cineclube Gardunha, irão realizar-se as exibições de diversos filmes no mês de julho. Este mês será bastante político, divertido, trágico e humanista e terá como mote “Janela para o Mundo”.

No sábado, dia 8 de julho, sábado, às 21h30, no Centro para as Migrações do Fundão, será exibido o filme “Saint Omer”, de Alice Diop, filha de imigrantes senegaleses. O primeiro filme deste mês é resolutamente político. Alice Diop assistiu ao julgamento de Fabienne Kabou, uma mulher de origem senegalesa que colocou fim à vida da sua filha de 15 meses. Fabienne deixou o Senegal para estudar arquitetura e filosofia em França. Durante o julgamento, com a sua determinação “fascinou a imprensa ao exprimir-se de forma brilhante e precisa”. A realizadora decidiu então filmar este caso uma vez que “ficou profundamente emocionada com os argumentos finais apresentados pelos intervenientes”.

O segundo filme deste mês será exibido no dia 12 de julho, quarta-feira, às 21h30, n’ A Moagem – Cidade do Engenho e das Artes, no Fundão. A película é “Pacifiction”, do cineasta catalão Albert Serra. Este filme é literalmente insular, plantado na Polinésia Francesa do Tahiti, onde “um Alto-Comissário deambula entre complexos e irresolúveis enigmas políticos, possíveis armadilhas sempre ao virar da esquina, tabuleiros geopolíticos cifradíssimos, ao mesmo tempo que interfere sentimentalmente com a população local e com as suas tradições e divertimentos mais secretos”. Um thriller político “onde testes nucleares ocultos e inauditas danças esfuziantes partilham do mesmo estranhamento e perigo, num barroquismo e contraditório que importa explorar na tela grande”.

No dia 19 de julho, n’ A Moagem – Cidade do Engenho e das Artes, às 21h30, haverá dupla sessão dedicada a dois tipos de animais muito especiais: o burro e o cavalo. “EO”, do cineasta polaco Jerzy Skolimowski, que é da geração de Roman Polanski. “É uma ode ao burro, tão generosa, triste e emotiva com o Au hasard Balthazar que em 1966 o imenso cineasta Robert Bresson ofereceu a este animal sempre incompreendido. Skolimowski disse ter dois objetivos principais ao lançar-se à empreitada redentora: dignificar e complexificar o burro, e destruir a narrativa convencional com princípio, meio e fim sucessivos”. Depois do burro, passaremos ao cavalo com “Kentucky Pride”, de John Ford, é um filme “contado do ponto de vista desse animal de sonho”.

Para terminar as sessões deste mês, um filme do sérvio Emir Kusturica, “Gato Preto, Gato Branco”, que será exibido na Casa do Bombo de Lavacolhos, no dia 22 de julho, às 21h30, ao ar livre e com apresentação de Luca Fernandes. “Um divertido caleidoscópio de situações inenarráveis que um grupo de ciganos plantados nas margens do Danúbio irão viver. Uma das grandes fanfarras dos anos 90, onde tradições antiquíssimas e política anárquica parecem um e a mesma coisa”.

A entrada é livre. Faça a reserva do seu lugar através do e-mail Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar. ou do contacto telefónico 275 773 032 (custo de uma chamada para rede fixa nacional).

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